A megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) realizada na manhã desta terça-feira (28) no Rio de Janeiro deixou ao menos 64 mortos, incluindo quatro agentes de segurança, e provocou forte repercussão nas redes sociais. O rapper Oruam, filho de Marcinho VP, um dos principais líderes da facção, manifestou-se publicamente contra a ação, classificando-a como “a maior chacina da história do Rio de Janeiro”.
Em publicações no X (antigo Twitter), Oruam lamentou o número de mortos e criticou a violência policial. “Maior chacina da história do Rio de Janeiro”, escreveu o artista, que recebeu respostas divididas entre apoio e reprovação. “Confronto não é chacina”, comentou um internauta. Outro respondeu: “Quem escolhe o crime sabe o destino: cadeia ou morte.”
No Instagram, o rapper voltou a se pronunciar, pedindo empatia pelos moradores das comunidades afetadas. “Minha alma sangra quando a favela chora, porque a favela tem família. Se tirar o fuzil da mão, existe o ser humano”, publicou nos stories.
A operação, considerada a mais letal já registrada no estado, foi deflagrada por 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte. Até o momento, 81 suspeitos foram presos e 75 fuzis apreendidos. As forças de segurança afirmam que a ação teve como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho e prender lideranças do tráfico de drogas que atuam na capital e em outros estados.