A Justiça da Paraíba decretou a prisão preventiva de Davi Piazza Pinto, acusado de assassinar o próprio filho, Arthur, de 11 anos, autista e com deficiência visual. A decisão mantém o suspeito detido enquanto o processo segue em andamento e atende ao pedido do Ministério Público, que considerou a gravidade do crime e o risco de fuga.
O crime chocou o país. Arthur foi encontrado morto em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa (PB). O menino havia saído para um encontro com o pai, que morava em Florianópolis (SC). Segundo a Polícia Civil, Davi viajou até a capital paraibana com a intenção de matar o filho e, assim, se livrar do pagamento da pensão alimentícia, fixada em R$ 1.800.
As investigações apontam que, após convencer a mãe de que se tratava de uma visita comum, o homem levou o menino para o local do crime, onde o corpo foi localizado dentro de um saco plástico, parcialmente enterrado. Depois do assassinato, Davi retornou a Santa Catarina e confessou o homicídio em uma ligação telefônica para a ex-esposa, o que levou à sua prisão no domingo (2).
Davi foi autuado por homicídio qualificado e permanece à disposição da Justiça. A transferência dele para a Paraíba, onde o crime ocorreu, ainda está sendo avaliada pelo Poder Judiciário. O corpo de Arthur foi sepultado na segunda-feira (3), em meio à forte comoção de familiares e moradores de João Pessoa.