A médica Juliana Brasil Santos pode ser presa a qualquer momento após a Justiça do Amazonas revogar, nesta sexta-feira (12), o habeas corpus preventivo que a impedia de ser detida durante as investigações. A decisão, assinada pela desembargadora Carla Maria Santos dos Reis, anulou a liminar anterior ao entender que o pedido deveria ter sido analisado por um juiz de primeira instância.
Com a revogação, Juliana perde a proteção que garantia que não fosse presa enquanto o inquérito sobre a morte do menino Benício, de 6 anos, segue em andamento. A defesa havia solicitado o habeas corpus por temer uma possível ordem de prisão, já que a médica assumiu ter cometido erro na prescrição da adrenalina aplicada na criança.
O caso ganhou repercussão após Benício apresentar piora imediata após a primeira dose do medicamento, sofrer uma sequência de paradas cardíacas e morrer na madrugada de 23 de novembro. Juliana e a técnica de enfermagem Raiza Bentes Paiva continuam sendo investigadas por falhas no atendimento prestado no Hospital Santa Júlia, onde ambas já foram afastadas.
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) mantém as investigações e não divulga novos detalhes para não comprometer o trabalho. Agora, sem o habeas corpus preventivo, qualquer decisão judicial pode resultar na prisão imediata da médica.