Cinco anos após o atropelamento que tirou a vida da ciclista e socióloga Marina Harkot, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a prisão do motorista José Maria da Costa Júnior. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (5), durante sessão virtual da 11ª Câmara de Direito Criminal, e atende ao pedido do Ministério Público, que solicitava a execução imediata da pena de 13 anos de prisão.
O réu, condenado por homicídio doloso, embriaguez ao volante e omissão de socorro, deverá cumprir 12 anos em regime fechado e um ano em regime aberto. Até então, José Maria estava em liberdade, aguardando o julgamento de recursos apresentados por sua defesa. O mandado de prisão será expedido pela primeira instância, com expectativa de que a ordem seja oficializada até quinta-feira (6).
O caso aconteceu em novembro de 2020, quando Marina foi atropelada enquanto pedalava pela Avenida Paulo VI, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Laudos indicaram que o veículo dirigido por José Maria trafegava a 93 km/h, quase o dobro do limite permitido na via. Testemunhas afirmaram ainda que o motorista havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente.
Durante o julgamento, os desembargadores rejeitaram o pedido da defesa para anular o júri que condenou o motorista e também negaram o aumento da pena para 18 anos solicitado pelo Ministério Público. Com a nova decisão, o processo retorna à 5ª Vara do Júri da Barra Funda para o cumprimento da sentença.