A morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, executado em setembro em Praia Grande, segue causando forte impacto emocional na família. A viúva, Katia Pagani, afirma que a ausência do marido ainda é sentida diariamente e que o processo de adaptação tem sido difícil desde o crime.
Segundo ela, a cadela Luna, uma das companheiras de estimação da casa, apresenta sinais de que ainda espera pelo retorno do tutor. O animal costuma vigiar a porta do apartamento, comportamento que se tornou frequente após o assassinato.
Paralelamente ao luto, avançam as investigações sobre o caso. A Polícia Civil concluiu o primeiro inquérito e indiciou 12 pessoas por envolvimento no homicídio e em atividades de organização criminosa. A apuração aponta participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na ação que resultou na morte de Ruy.
Outros inquéritos, ainda em andamento, buscam esclarecer quem ordenou o crime. Ruy atuou por mais de quatro décadas na Polícia Civil e comandou a instituição entre 2019 e 2022, período em que teve papel relevante no combate ao crime organizado e em ações que afetaram diretamente lideranças do PCC. A família acredita que todos os responsáveis serão identificados.