Quatro advogados foram presos nesta quinta-feira (6) durante a “Operação Roque”, deflagrada pela Polícia Federal, sob suspeita de integrar o núcleo jurídico e operacional do Comando Vermelho (CV) no Amazonas. As investigações apontam que os profissionais usavam suas prerrogativas para repassar ordens de líderes presos, lavar dinheiro e coordenar o tráfico internacional de drogas.
De acordo com a PF, Janai de Souza Almeida, Ramyde Washington Abel Caldeira Doce Cardozo, Gerdeson Zuriel de Oliveira Menezes e Alisom Joffer Tavares Canto de Amorim se valiam das visitas profissionais em presídios para entregar bilhetes, movimentar valores e intermediar decisões criminosas. O grupo também teria auxiliado na logística de transporte de drogas vindas da Colômbia e em acordos com outras facções.
A investigação revelou que o esquema mantinha o controle das atividades do CV mesmo com suas principais lideranças presas ou foragidas. Um dos nomes citados é o de Alan Índio, apontado como principal líder da organização no estado e membro do conselho nacional da facção, que continua foragido.
Em nota, a defesa dos advogados negou qualquer envolvimento com o crime organizado e afirmou que eles apenas exerciam a advocacia criminal. A Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Amazonas acompanhou o cumprimento dos mandados e reafirmou o compromisso com o Estado Democrático de Direito e a garantia das prerrogativas da categoria.



