Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão em regime fechado, na quinta-feira (13), pela morte do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, ganhou da Justiça uma liminar para cumprir pena em prisão domiciliar. O crime ocorreu em julho de 2022.
A decisão foi do desembargador Gamaliel Seme Scaff, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), que aceitou a argumentação da defesa, que alega que Jorge está com “precária condição de saúde”.
Na época, Guaranho também foi baleado e agredido por convidados da festa, assim que atirou no tesoureiro. Isso fez com que ele tivesse sequelas: “Guaranho enfrenta uma série de limitações decorrentes desse espancamento, incluindo comprometimentos neurológicos e dificuldades motoras, que tornam inviável sua alocação em um ambiente carcerário comum, sem estrutura para o tratamento adequado”, afirmou a defesa.
O desembargador autorizou a prisão domiciliar e disse que “o paciente continua muito debilitado e com dificuldade para se deslocar em razão da enfermidade e das lesões que o acometem, logo, por ora, chega-se à ilação de que sua prisão domiciliar não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal”.
A defesa em nome da família de Marcelo Arruda informou que vai tentar derrubar a liminar.
“Ele já está condenado a uma pena elevada, com poucas chances de reversão no Tribunal. Esta é a grande vitória da família, amigos e sociedade civil. Agora, vamos continuar trabalhando para que seja revertida tal decisão liminar. Temos em vista que – como defensores dos direitos humanos – levamos em conta, também, o direito das famílias e amigos, qual seja, da sociedade como um todo, em ver o cumprimento da pena de forma adequada, no estabelecimento prisional, Complexo Médico Penal, se for o caso”, disse o advogado Daniel Godoy.