Na última terça-feira (25), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que as a tentativa de golpe de Estado é “muito mais grave” e de difícil comparação com o mensalão e a Lava Jato.
“No mensalão se falava, está se corrompendo a democracia com a compra de votos. Aqui [investigação sobre tentativa de golpe] é uma coisa muito mais grave, quando se fala de matar o presidente da República, matar o vice-presidente, matar o ministro do Supremo, prender outros, fazer uma intervenção. A gravidade dos fatos narrados é qualquer coisa de especial”, disse.
Para o ministro, o caso é diferente de outros escândalos julgados anteriormente pela Corte. No mensalão, julgado pelo STF em 2012, o esquema consistia no pagamento de mesadas a parlamentares para assegurar apoio à base governista do presidente Lula entre 2003 e 2004.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas foram denunciadas pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.