Rogério Favreto, desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), surge como um dos principais cotados para substituir Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Favreto ganhou notoriedade nacional em 2018 ao conceder um habeas corpus que determinava a soltura do ex-presidente Lula, decisão que foi posteriormente contestada e revertida por instâncias superiores. Além disso, tem trajetória no serviço público e foi filiado ao PT entre 1991 e 2010, sendo visto como um nome alinhado ao governo atual.
A decisão sobre a substituição de Barroso deve ser anunciada em breve, possivelmente após o retorno de Lula de sua viagem à Itália, na próxima segunda-feira. A formalização depende da saída oficial de Barroso, que ainda precisa concluir votos e pedidos de vista pendentes em seu gabinete.
Barroso, que completaria 75 anos apenas em março de 2033, decidiu antecipar sua aposentadoria, deixando a Corte sete anos e meio antes do previsto. Nos últimos meses, o ministro vinha dando sinais e fazendo declarações que indicavam a intenção de se aposentar.
Outro nome com apoio no Senado e entre ministros do STF é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Congresso. Apesar das articulações e pressões políticas, um ministro do STF ressalta que a decisão final é sempre pessoal do presidente, como demonstram casos anteriores, incluindo a indicação de André Mendonça por Jair Bolsonaro.