Responsável pela condenação do humorista Léo Lins a mais de oito anos de prisão por falas consideradas discriminatórias durante um show de stand-up, a juíza Barbara de Lima Iseppi, da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, já esteve envolvida em outras decisões que reacenderam o debate sobre os limites da liberdade de expressão e a atuação do Judiciário.
Em 2020, ela determinou a prisão preventiva de dois homens que protestaram em frente à casa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Eles foram acusados de ofensas e descumprimento de prisão domiciliar.
No mesmo ano, a juíza condenou o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, autor do livro A Privataria Tucana, a sete anos de prisão por suposta promessa de vantagem ilícita.
No caso de Léo Lins, a juíza atendeu integralmente ao pedido do Ministério Público Federal, que denunciou o humorista por falas feitas em um show de 2022. Além da pena de prisão, a sentença inclui multa de R$ 1,4 milhão e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos.