Um erro nas investigações fez com que Ricardo Alexandre dos Santos fosse acusado injustamente de um homicídio ocorrido em 1997, em Maceió. Um corpo enterrado como indigente foi identificado pela família como sendo o de Marcelo Lopes da Silva, e, com base nesse reconhecimento equivocado, Ricardo chegou a ser preso pelo suposto assassinato.
Meses depois, Marcelo reapareceu vivo, revelando que estava morando em Pernambuco e havia perdido contato com os familiares. No entanto, o esclarecimento do caso nunca foi formalmente comunicado à Justiça, e o processo seguiu ativo por quase três décadas.
Em agosto deste ano, Ricardo foi novamente intimado a responder pelo mesmo crime. Durante a audiência, Marcelo compareceu pessoalmente ao tribunal e confirmou estar vivo, o que levou o juiz José Eduardo Nobre, da 8ª Vara Criminal da Capital, a determinar a absolvição sumária do réu.
A decisão foi proferida com o aval do Ministério Público de Alagoas (MPAL) e expôs falhas graves nas investigações e na comunicação entre os órgãos responsáveis pelo caso, que manteve um inocente sob acusação por 28 anos.