O acordo entre o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Boa Vista, a família do técnico de enfermagem Vilson Souza, de 27 anos, morto por uma flechada na Terra Indígena Yanomami, e a Missão Evangélica Caiuá, terceirizada que tem contrato com o Ministério da Saúde, resultou em uma indenização de R$ 750 mil por danos morais aos parentes da vítima.
Conforme o juiz Gleydson Ney Silva da Rocha, coordenador do Cejus, que divulgou a decisão na última sexta-feira (28), as partes fizeram a conciliação de forma pacífica.
O caso, que ocorreu em novembro de 2024, gerou grande comoção na região.
O técnico trabalhava na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) na Aldeia Maraxiú e acabou se envolvendo em uma discussão com outro agente de saúde por conta de uma tomada que estava carregando um aparelho celular.
O agente acertou uma flecha em Vilson, atingindo o seu pulmão e o coração. Mesmo sendo socorrido, ele faleceu.
“Os advogados, mesmo caminhando em lados opostos da calçada, demonstraram profissionalismo e espírito pacificador em um caso que abalou demais as comunidades indígenas e os profissionais de saúde no Estado”, afirmou o magistrado.