A filha de um empresário de Manaus, de 19 anos, teve o recurso administrativo da Universidade Federal de Roraima (UFRR) negado e perdeu uma vaga no curso de medicina na quarta-feira (12). Ela se inscreveu no vestibular 2025 pelo sistema de cotas que previa renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo.
A estudante foi denunciada por uma família de uma candidata que ficou na lista de espera em medicina. O Ministério Público Federal de Roraima (MPF-RR) também foi acionado.
Consta nos altos que ela é filha de um empresário que tem dois restaurantes de alto padrão na capital amazonense, além de empresas de eventos. Para provar a acusação, a UFRR recebeu prints sobre viagens a Disney dela com a família, além do seu aniversário de 15 anos na Arena da Amazônia em 2020.
Os advogados da jovem alegaram que a UFRR indeferiu a matrícula da estudante sob o argumento de que a “renda per capita familiar seria superior ao estabelecido em lei”. Ela vai recorrer judicialmente.
“A estudante buscará no Poder Judiciário o amparo de seu direito Constitucional de acesso à educação, o qual foi solenemente ignorado pela Universidade Federal de Roraima, tendo sido esta decisão fruto de desacertos fáticos e jurídicos, os quais, certamente, serão corrigidos a tempo”, disse a defesa por meio de nota.