O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) iniciou o julgamento interno de dois juízes, Manoel Amaro Pereira de Lima e Celso Souza de Paula, suspeitos de cometer faltas funcionais graves.
No primeiro caso, o juiz Manoel Amaro responde por liberar irregularmente R$ 26 milhões do Banco Bradesco, valor destinado a ex-funcionários de um banco estadual extinto. A decisão foi tomada mesmo após uma ordem expressa do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para manter os valores bloqueados. O relator do caso considerou a conduta uma “violação grave à hierarquia judicial” e propôs seu afastamento remunerado por dois anos. Outros desembargadores, no entanto, defendem penas mais severas, como a aposentadoria compulsória.
O segundo processo envolve o juiz Celso Souza de Paula, investigado por emitir decisões fora de sua competência, sempre beneficiando réus em ações criminais com uma velocidade incomum. A relatora do caso classificou sua conduta como intencional e repetida, propondo a pena de aposentadoria compulsória.
Os julgamentos de ambos os processos foram interrompidos para análise mais detalhada e serão retomados em breve. As discussões reforçam o compromisso do tribunal com a ética, a hierarquia e a confiança na Justiça.