Mesmo após ter se envolvido em um grave acidente que resultou na morte de duas jovens em setembro de 2018, o empresário Giovanni Chaves Maiorana, vice-presidente do Grupo Roma, segue ocupando posição de destaque na economia paraense. Ele é o responsável pela construção e administração do hotel de luxo Tivoli Maiorana, inaugurado recentemente em Belém como um dos empreendimentos mais emblemáticos da preparação da cidade para a COP30.
Na madrugada de 27 de setembro de 2018, Giovanni dirigia um carro de luxo em alta velocidade quando colidiu contra cinco veículos na avenida Gentil Bittencourt, no bairro de São Brás. As vítimas, Gabriela Costa, de 19 anos, e Kinberly Guedes, mulher trans de 20, foram atingidas e não resistiram aos ferimentos. Testemunhas relataram que o empresário apresentava sinais claros de embriaguez, e dentro do veículo foram encontradas latas de cerveja.
Mesmo diante das evidências, Giovanni permaneceu preso por menos de 24 horas. Ele se recusou a realizar o teste de alcoolemia e, com o passar do tempo, o caso acabou encerrado sem condenação. O desfecho foi possível após testemunhas mudarem seus depoimentos e o empresário firmar um acordo de não persecução penal, que extinguiu o processo em troca do cumprimento de condições judiciais, como indenizações e serviços comunitários.
Agora, quase sete anos depois, o mesmo nome volta aos holofotes à frente de um dos projetos mais caros e simbólicos da COP30. O Tivoli Maiorana, construído com investimento estimado em R$ 120 milhões, foi erguido no antigo prédio da Receita Federal e opera sob concessão de 30 anos do governo estadual, sendo administrado pela rede portuguesa Minor Hotels.