A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (17/9) o ex-superintendente da corporação em Minas Gerais, delegado Rodrigo de Melo Teixeira, acusado de integrar uma organização criminosa ligada a crimes ambientais, lavagem de dinheiro e corrupção.
Segundo as investigações, o delegado seria sócio de uma das empresas envolvidas no esquema, que negociava direitos minerários em áreas de preservação, como a Serra do Curral, em Belo Horizonte, e a Serra de Botafogo, em Ouro Preto. O grupo contava com apoio de servidores da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) e da Agência Nacional de Mineração (ANM).
A prisão foi confirmada pelo diretor de Crimes contra a Amazônia da PF, Humberto Freire, que destacou o envolvimento de mais um delegado em operações recentes. Já o atual superintendente da PF em Minas, Richard Macedo, reforçou que a instituição “não protege e não persegue ninguém”, mas apura fatos para responsabilizar quem cometer crimes.
Rodrigo de Melo Teixeira ficou nacionalmente conhecido por conduzir, inicialmente, o inquérito sobre o atentado a faca contra o então candidato Jair Bolsonaro (PL), em 2018, em Juiz de Fora. Ele foi exonerado do cargo em fevereiro de 2019, após a posse do presidente.
A operação, batizada de “Rejeito”, revelou uma estrutura criminosa sofisticada para manter a exploração ilegal de minério em Minas Gerais, sustentada por um esquema de corrupção que envolvia empresários e autoridades públicas.