O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, 44, em Belo Horizonte, possui um histórico de envolvimento em crimes no Rio de Janeiro, seu estado natal. Ele já foi indiciado por homicídio culposo pela morte de uma mulher de 50 anos em um acidente de trânsito em 2011, no Recreio dos Bandeirantes, quando, segundo a polícia, dirigia em alta velocidade. Além disso, responde a inquéritos por extorsão e perseguição e já foi processado por lesão corporal após agredir uma mulher em Belford Roxo.
De acordo com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), os casos de violência doméstica e o acidente de trânsito já foram encaminhados ao Ministério Público, enquanto as investigações sobre extorsão e perseguição seguem em andamento. Os registros vieram à tona durante a apuração do homicídio do gari, ocorrido na última segunda-feira (11/8) no bairro Vista Alegre, em BH.
Segundo as investigações, Renê teria ameaçado a motorista de um caminhão de lixo e, em seguida, atirado contra Laudemir, que tentava acalmar a situação. A vítima foi atingida no tórax e morreu no hospital. O suspeito fugiu no carro que dirigia e foi preso horas depois, em uma academia de alto padrão. A Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva, e ele será transferido para um presídio comum.
Renê, que ocupou cargos executivos em empresas como Coca-Cola, Vigor e Red Bull, é casado com a delegada da Polícia Civil de Minas Gerais Ana Paula Lamego Balbino. A arma usada no crime está sob perícia da Corregedoria, que apura se pertence à policial. A defesa do empresário não se manifestou.