O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão veio após a parlamentar, condenada em maio a dez anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), anunciar na terça-feira (3) que havia deixado o país.
Moraes também determinou o bloqueio de seus passaportes, incluindo o diplomático, e de todas as verbas da Câmara dos Deputados, como salários e recursos de gabinete. Além disso, foram bloqueadas suas contas bancárias para qualquer tipo de transação (PIX, débito ou crédito) e seus bens móveis e imóveis.
A medida judicial se estendeu às redes sociais, com Moraes estabelecendo prazos para plataformas como YouTube, TikTok, LinkedIn, X, Telegram e Meta bloquearem os perfis de Zambelli, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Uma multa adicional de R$ 50 mil foi imposta para cada postagem que reitere condutas criminosas, seja pela deputada ou por terceiros.
Para garantir sua localização e retorno ao Brasil, Moraes solicitou a inclusão de Carla Zambelli na lista vermelha da Interpol e o início dos procedimentos de extradição.
O pedido de prisão de Zambelli foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na terça-feira, após ela conceder entrevistas afirmando ter deixado o Brasil. Inicialmente, mencionou a Europa, mas depois corrigiu, dizendo estar nos Estados Unidos e planejando ir para a Itália, onde possui cidadania.
Além da condenação por invasão ao CNJ, Zambelli também é ré em outro processo no STF por perseguir um homem com um revólver na véspera do segundo turno das eleições de 2022.