Mais uma mulher denunciou o advogado Francisco Charles Cunha Garcia Júnior por assédio sexual. A vítima procurou a advogada Adriane Magalhães que já representa outras três mulheres: duas ex-recepcionistas do escritório de Charles e uma ex-cliente, todas vítimas de crimes sexuais atribuídos ao advogado.
Conforme o novo relato feito por meio de um vídeo, o caso ocorreu após o advogado manter contato com a vítima por meio do Facebook. Ele curtiu repetidamente suas fotos e, após uma troca de mensagens, ofereceu ajuda para conseguir um emprego, alegando ter influência com diversos clientes. A vítima, que estava desempregada e em busca de trabalho para sustentar seu filho, aceitou entregar o currículo pessoalmente, acreditando que tratava-se de uma oportunidade profissional.
Ao chegar ao local indicado por Charles, uma clínica de estética em uma mansão, a mulher foi recebida de forma ríspida por uma funcionária e direcionada a uma sala onde encontrou o advogado nu, deitado em uma maca. Constrangida, ela tentou encerrar a situação, mas foi pressionada pelo advogado a manter contato físico. A vítima recusou, pediu para ir embora e afirmou que não aceitaria nenhum tipo de relação sexual em troca de trabalho.
“Fiquei com medo da arma, porque estava assim… no canto, quando ele apontou o dedo pra mim”, disse ela.
Ao sair do local, descobriu que havia recebido R$ 200 por transferência bancária, enviada por Charles logo após o episódio.

O caso ganhou força após a vítima tomar conhecimento, pelas redes sociais, de outras denúncias envolvendo o nome do advogado. A partir disso, ela decidiu se manifestar e relatar sua experiência, reforçando o desejo de colaborar com as investigações e encorajar outras mulheres a denunciarem abusos.
A advogada Adriane Magalhães confirmou o recebimento da nova denúncia e afirmou que pretende reunir os relatos para reforçar as ações jurídicas já em andamento contra Francisco Charles Garcia Júnior.
A OAB-AM e o Ministério Público do Amazonas não se pronunciaram oficialmente sobre as denúncias.