O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul revogou, na madrugada deste sábado (10), a prisão preventiva de Luis Fabiano da Silva, inicialmente detido por suposto envolvimento em um plano de ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no último sábado (3).
A decisão atendeu a um pedido da defesa, com base na ausência de provas que o liguem diretamente ao grupo investigado no Rio.
Segundo o juiz Jaime Freitas da Silva, o nome de Luis Fabiano apareceu nas investigações porque o número do seu IP foi associado ao mentor do plano, mas não há indícios de que ele tenha participado da organização do atentado. Um relatório técnico do Ministério Público do RS aponta que o IP pode ter sido clonado.
Luis Fabiano foi preso em flagrante por porte ilegal de armas, mas, de acordo com a decisão, ele não tem antecedentes criminais e pode ser beneficiado com medidas como suspensão condicional do processo ou acordo penal. Mesmo que uma das armas tenha numeração suprimida, o juiz entendeu que a prisão preventiva não era mais necessária.
Ele já está em liberdade, mas deverá cumprir medidas cautelares determinadas pela Justiça, sob risco de voltar à prisão.
A “Operação Fake Monster” identificou um grupo extremista que planejava atentados com explosivos e coquetéis molotov em busca de notoriedade nas redes sociais. Embora inicialmente apontado como líder do grupo, Luis Fabiano não foi incluído entre os investigados pela comarca do Rio.