Após mais de duas décadas preso, Sérgio Brasil Rolim, ex-bancário e comerciante condenado por assassinatos e estupros no Ceará, obteve direito à progressão de pena e pode passar ao regime semiaberto. Ele foi preso em 2002 e cumpre pena de 150 anos e seis meses por envolvimento em uma série de crimes, incluindo a liderança de um grupo conhecido como “Escritório do Crime”, que atuava no Cariri cearense.
Entre 2001 e 2002, o grupo foi acusado de matar ao menos sete mulheres, muitas delas vítimas de estupro, mutilações e queimaduras. Rolim já foi condenado por seis desses homicídios e por dois estupros. Também há indícios de participação em outros crimes, incluindo roubos e execuções por encomenda.
A defesa de Rolim argumenta que ele nunca teve direito a saídas temporárias e que já cumpriu tempo suficiente para mudança de regime. Um exame criminológico favorável levou o Ministério Público a mudar seu posicionamento e apoiar a progressão.
A Justiça ainda analisa onde ele poderá cumprir o semiaberto. Fortaleza é uma possibilidade, devido à estrutura adequada, mas a defesa pleiteia que ele permaneça no Cariri, perto da família, utilizando tornozeleira eletrônica.
O processo segue em andamento, com diligências pendentes antes da decisão final. Rolim continua respondendo por crimes de organização criminosa, exploração sexual, lavagem de dinheiro e estelionato.