O publicitário Ricardo Jardim, 66, preso por deixar uma mala contendo partes do corpo da namorada em um armário da rodoviária de Porto Alegre, já havia sido condenado em 2018 pelo assassinato da própria mãe, Vilma Jardim, de 76 anos. Na época, ele cumpriu pena por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e posse de arma, mas deixou a prisão em janeiro de 2024 após progressão de regime.
Segundo a investigação da Polícia Civil, Ricardo teria matado a namorada no dia 9 de agosto e espalhado partes do corpo em diferentes locais de Porto Alegre, incluindo a mala na rodoviária, onde permaneceu por 12 dias até ser descoberta por conta do odor. A vítima ainda não foi oficialmente identificada, pois os dedos foram cortados, e a polícia aguarda resultado de exames de DNA.
O suspeito, descrito como calculista e frio pelas autoridades, utilizava perfis falsos nas redes sociais para atrair mulheres e mantinha cuidados para não ser identificado, usando máscara, luvas e óculos. Imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia a reconhecê-lo, após ele ter abaixado a máscara em um mercado próximo à rodoviária.
Ricardo negou formalmente ter cometido o homicídio, alegando que a mulher teria sofrido um mal súbito, mas o delegado responsável afirmou que o crime foi planejado e executado com a intenção de desafiar a sociedade. A investigação também aponta que ele tentou movimentar contas bancárias da vítima, o que pode indicar motivação financeira, e que ainda planejava descartar o crânio da mulher como terceira etapa do crime.