O advogado Marcelo Oliveira Gonçalves, condenado a 10 anos e 11 meses de prisão em regime fechado por tentativa de feminicídio contra Teresa Vitória Pinheiro, em 2021, voltou a ser alvo de denúncias em Manaus. Boletins de Ocorrências (BOs) envolvendo perseguição, ameaças e difamação foram registrados contra ele. O Expresso Jus teve acesso exclusivo aos relatos feitos por três mulheres contra Marcelo.
No dia 12 de agosto de 2025, duas ocorrências foram registradas por uma mulher. No primeiro boletim, ela relata ameaças reiteradas: “Oferecendo serviços e vendas, recebendo valores antecipados e sumindo com os mesmos, não cumprindo com sua palavra. Em 20 de abril invadiu minha casa sem meu consentimento, afim de chantagear e levar móveis e objetos de minha residência. Em 18 de maio danificou meu carro e materiais de uso profissional e se recusou a arcar com custos. Em 30 de maio continuou com ameaças.”
O segundo BO registrado pela mesma mulher trata de difamação: “Me mandava mensagens falando da minha aparência, falando da minha classe social e da minha profissão. Mandava mensagens para outras pessoas (mulheres) inventando mentiras e barbaridades, situações íntimas, afim de querer se promover, me deixando em situação constrangedora e desconfortável, incentivando aos outros a fazerem o mesmo para denegrir minha imagem, não só por mensagens, mas pessoalmente também em diversos lugares e momentos.”
Uma terceira mulher registrou ocorrência em 18 de julho de 2025, denunciando perseguição psicológica e retaliação judicial: “O Sr. Marcelo Gonçalves realizou atos de perseguição reiterada contra mim, causando grave abalo à minha integridade psíquica. Em 31 de março de 2025, ele moveu um processo administrativo disciplinar infundado no meu local de estágio, que foi arquivado. Mesmo assim, ingressou com um processo criminal por calúnia e difamação, sem jamais ter sido citado por mim ou identificado diretamente. Sou portadora de Transtorno de Ansiedade Generalizada e precisei aumentar a dosagem de meus medicamentos devido às ações dele, que prejudicam minha vida profissional, social e emocional.”
Marcelo Oliveira continua atuando como advogado, responde atualmente em liberdade e possui histórico policial por tráfico de drogas e clonagem de cartões.
