Uma mulher indígena do povo Kokama denunciou ter sido estuprada por policiais militares e um agente da Guarda Municipal enquanto esteve presa, por nove meses, em uma cela masculina no município de Santo Antônio do Içá, no interior do Amazonas.
Os abusos teriam ocorrido mesmo enquanto ela amamentava seu bebê recém-nascido, e foram confirmados por exames médicos que apontaram lesões compatíveis com violência sexual.
A vítima afirma que era constantemente ameaçada pelos agressores, e que os ataques começaram logo após sua detenção, em dezembro de 2022. Ela não recebeu assistência médica, psicológica ou jurídica durante o período em que esteve detida com homens, em total descumprimento às normas de custódia.
A transferência para uma unidade prisional feminina só ocorreu em agosto de 2023, mais de oito meses após o início da detenção e dias após o último abuso relatado.
Até o momento, os agentes citados pela vítima não foram punidos e nem afastados.
