Acusado de participar de um dos massacres mais brutais já registrados no sistema prisional do Amazonas, João Pedro de Oliveira Rosa Rodrigues, conhecido como “Paulista”, foi condenado a 174 anos e 4 meses de prisão. A sentença foi proferida na quinta-feira (3) pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus.
Conforme o Ministério Público do Amazonas (MP-AM), ele foi responsável por quatro homicídios e seis tentativas de assassinato durante o ataque ocorrido em 8 de janeiro de 2017, na antiga Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa. O crime teria sido motivado por vingança, após a chacina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), onde mais de 50 presos foram executados.
Durante o episódio, Paulista cometeu atos de extrema crueldade, incluindo o canibalismo de duas vítimas, o que resultou em sua condenação também por vilipêndio de cadáver.
A pena de 168 anos em regime fechado pelos homicídios e tentativas foi somada a mais 6 anos e 4 meses pelos crimes de vilipêndio e participação em motim. O juiz determinou o cumprimento imediato da pena.