Um caso alarmante veio à tona em Belém, no bairro do Marco, envolvendo a denúncia de uma família contra uma babá, suspeita de sedar um bebê de apenas 11 meses. O caso, ocorrido na noite da última quinta-feira, 19 de junho, por volta das 22h.
A suspeita dos pais surgiu ao notarem um comportamento atípico do bebê após a mamada. Ao revisar as gravações das câmeras de segurança instaladas em casa, eles se depararam com cenas perturbadoras. O pai observou que a babá mantinha algo discretamente escondido na mão esquerda durante boa parte do vídeo.
As imagens que a família tornou públicas mostram a funcionária segurando a criança com um braço e, com a outra mão, que parecia ocultar um objeto, inserindo algo na boca do bebê. A criança tentou resistir, mas a babá persistiu, chegando a cobrir parcialmente o rosto do pequeno com uma fralda.
Após analisar as filmagens, os pais agiram com prudência e revistaram a mochila da babá. Lá, encontraram medicamentos psiquiátricos de uso adulto: quetiapina 50mg e sertralina 50mg.
Inicialmente, a babá negou qualquer envolvimento. Contudo, sob pressão dos pais, ela confessou ter administrado um remédio, alegando ser “Calman”. A família revelou que o bebê já vinha apresentando sono excessivo durante o dia, sonolência nas refeições e episódios de letargia, sintomas que, agora, faziam sentido.
O bebê foi imediatamente levado ao hospital, onde passou por lavagem gástrica e recebeu carvão ativado, conforme orientação médica, para neutralizar os efeitos da substância. A família chamou a Polícia Militar, e a babá foi conduzida à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DATA). Para a indignação dos pais, foi lavrado apenas um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e a babá foi liberada no mesmo dia.
No dia seguinte, uma sexta-feira, 20 de junho, o bebê realizou um exame toxicológico no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, com o laudo oficial previsto para 15 a 30 dias. Os pais registraram um boletim de ocorrência, e a Polícia Civil informou que a DATA instaurou um inquérito policial para investigar o caso, e perícias já foram solicitadas.
“Calman”
Calman, composto por Passiflora incarnata L., Crataegus rhipidophylla Gand. e Salix alba L., é um fitoterápico que atua como um sedativo leve no sistema nervoso central. Sua principal função é auxiliar no tratamento de ansiedade leve, irritabilidade e insônia, ajudando a prolongar o sono. Além disso, pode aliviar sintomas de palpitações relacionadas à ansiedade, após exclusão de outras condições médicas. É fundamental que mulheres grávidas ou amamentando não usem este produto, pois não há estudos que garantam sua segurança nesses casos. Sempre consulte um médico antes de usar qualquer medicamento.