O juiz Antônio Balthazar de Matos, do Fórum Criminal da Barra Funda (SP), converteu em preventiva a prisão em flagrante de um empresário detido em Santos (SP) com uma pistola 9mm. A prisão ocorreu durante uma operação da Polícia Federal (PF) que cumpria mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário, suspeito de envolvimento em lavagem de dinheiro proveniente de tráfico internacional de cocaína para a Europa e África.
Apesar de a Justiça Federal ter considerado inicialmente suficientes medidas cautelares contra o empresário, sua prisão em flagrante portando a arma de uso restrito levou o juiz a decretar a preventiva. Balthazar de Matos argumentou que portar arma sem autorização, especialmente para quem supostamente está envolvido em atividades ilícitas, representa um risco à ordem pública.
A defesa do empresário, alegando primariedade, residência fixa e ocupação lícita, pediu a liberdade provisória, mas o juiz rejeitou o argumento. Ele ressaltou que o empresário está sob investigação da PF por potencial tráfico internacional e também responde por outra apuração de ameaça e vias de fato. Para o magistrado, o histórico sugere um vínculo recorrente com práticas ilícitas, tornando a prisão preventiva necessária para garantir a ordem pública, diante do risco que o empresário representaria em liberdade. A pistola apreendida estava carregada com 11 cartuchos. O juiz também mencionou que, embora o empresário possuísse registro de CAC, a autorização era apenas para posse e trânsito eventual da arma.