Uma advogada identificada como Taynara Trindade foi presa em flagrante na quarta-feira (16), acusada de furtar uma bolsa com R$ 36 mil em joias e dinheiro, em um hotel de luxo em Goiânia, no estado de Goiás. Mas o caso teve uma reviravolta.
Ao ser encaminhada para a audiência de custódia junto com o empresário Shalon Andrade Santos, acusado de ajudá-la no furto, o juiz Thiago Soares Castelliano Lucena de Castro entendeu que a advogada não tinha a intenção de cometer o crime e arquivou o processo.
A decisão foi fundamentada na constatação de erro de tipo, previsto no artigo 20 do Código Penal, quando há uma falsa percepção da realidade que leva alguém a praticar uma ação sem perceber que está cometendo um crime.
O juiz complementou dizendo que as circunstâncias registradas nas imagens reforçam a tese de que Taynara acreditava estar em posse de seus próprios pertences. Tendo em vista que ela pega a bolsa à vista de todos e que, pela semelhança das bolsas, era plenamente possível se confundir.
Um ofício foi enviado à Corregedoria da Polícia Civil para apuração de possível infração funcional do delegado responsável pelo caso, que não juntou as imagens internas do hotel, apesar de ter ciência da sua existência, conforme o magistrado.
Taynara também reclamou da conduta da PC e disse que foi chamada de “cachorra e vagabunda”.
“Todo o momento eu estava incomunicável, pois pegaram meu celular. Além disso, fiquei 30 minutos algemada e só tiraram para eu gravar um vídeo relatando que tive os direitos respeitados. Fui chamada de cachorra, vagabunda, um show de horror”.