Somente após terceiro pedido de prisão o pedreiro Nathan de Siqueira Menezes, de 20 anos, foi preso no último dia 17 de março, em Paranaguá, no Paraná, após ser flagrado estuprando uma jovem. O crime ocorreu no banheiro de um posto de combustíveis desativado.
O crime ocorreu no dia 23 de fevereiro e no mesmo dia a vítima foi na delegacia. No dia 25 de fevereiro, a Polícia Civil (PC-PR) solicitou a prisão do suspeito e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) se manifestou a favor. Dois dias depois, a Justiça negou o pedido, mesmo com o vídeo mostrando a jovem sendo arrastada e gritando 11 vezes “não”.
No mês seguinte, 12 de março, o MP pediu novamente a prisão de Nathan, oferecendo denúncia de estupro. Porém, o pedido foi negado novamente. No dia 14 de março, o MP recorreu ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) e o pedido foi aceito pelo desembargador.
Nathan fugiu, ficou 10 dias foragido, mas depois se entregou. Ele culpou a vítima e disse que ela ficou “fazendo charminho”.
Em depoimento, a jovem contou que já conhecia o homem por causa da academia que frequentavam. No dia do crime, eles se encontraram por um acaso em uma casa de show.
No final da festa, os dois acabaram se beijando e o beijo foi consentido. Do lado de fora, esperando um transporte de app, a jovem sentiu necessidade de ir ao banheiro, mas já estava sem a pulseira do evento, não podendo mais retornar.
Foi então que Nathan se ofereceu para levá-la até o posto. “Só que eu não sabia que estava desativado”, explicou ela, em depoimento. A vítima usou o banheiro, saiu, mas contou à polícia que foi abordada novamente e começou a ser beijada, momento em que ela não queria mais nada.
A câmera do posto flagrou o momento em que o pedreiro continua a agarrando com força, inclusive a colocando na parede, e depois a puxando pelos braços, fazendo a jovem cair e ser arrastada até o banheiro de volta.
Além das imagens, o circuito possui áudio, onde foi possível ouvir ela gritar 11 vezes “não”. Após 13 minutos, a jovem sai correndo e logo em seguida Nathan sai sem a camisa. Na delegacia, foi ouvida e passou por exames na Polícia Científica que confirmaram o estupro. O homem vai responder por estupro e registro não autorizado da intimidade sexual, porque também é suspeito de fazer vídeos do crime.