Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) levou o juiz federal Alderico Rocha Santos a receber punição máxima da magistratura, levando a ser aposentado compulsoriamente do cargo que ocupava no órgão.
Com salário de R$ 39,7 mil, juiz que atuava na 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás foi condenado na representação disciplinar que apurou a compra de duas fazendas em Goiás, por R$ 33,5 milhões, que ele não conseguiu comprovar a origem do dinheiro.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o magistrado em 2O24 e conforme a procuradora Ana Paula Mantovani, “atos vedados à magistratura (gestão de empresa), sucessivos atos escandalosos e atentatórios à dignidade, honra e ao decoro da função de juiz”, além do “uso dos contatos e da posição de juiz para fins privados”.
“O valor total apenas das duas fazendas adquiridas pelo magistrado em 2022 supera em mais de dez vezes o patrimônio declarado em 31/12/2008, o que reforça a necessidade de aprofundamento das investigações para análise da licitude da origem dos bens, uma vez que o exponencial crescimento patrimonial, salvo melhor juízo, não parece guardar compatibilidade com os rendimentos recebidos pelo desempenho de cargos públicos”, escreveu a procuradora.